sobre lúpus!

Em 1851 o médico francês Pierre Lazenave observou pessoas que apresentavam pequenas feridas na pele, semelhantes a mordeduras de lobo. No entanto, apenas em 1895 o médico canadiano Sir William Osler caracterizou melhor o envolvimento das várias partes do corpo e adicionou a palavra “sistémico” à descrição da doença, que passou a ser designada por Lúpus, o termo para lobo em Latim, e posteriormente como Lúpus Eritematoso Sistémico. Pelo menos 5 milhões de pessoas padecem de Lúpus em todo o mundo e pensa-se que 100.000 novos casos aparecem cada ano.

Doença auto-imune que afecta essencialmente, mas não só, mulheres em idade fértil (entre os 15 e os 44 anos), de desenvolvimento imprevisível e caracterizada pela diversidade e pela multiplicidade de sintomas tão díspares como as dores articulares migratórias, sensibilidade excessiva à luz solar, que provoca manchas características nas zonas expostas, fadiga desproporcional à actividade do doente, febre, gânglios disseminados, mancha de borboleta (eritema malar em asas de borboleta), anemia e queda do cabelo, entre outros, é ainda hoje uma doença estigmatizadora e de difícil diagnóstico que gera, pelos seus sintomas, desconfiança e marginalização dos portadores.
Conviver, na perspectiva do doente e dos seus familiares, com esta doença incurável é uma tarefa recheada de escolhos

o que pode ser afectado quando se tem LÚPUS: